sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Economia Global - Europa - Euro - Portugal

Na plêiade de países em risco de entrar em «default» ( falha nos pagamentos da divida externa = bancarrota ), Portugal - pasme-se!! - não está entre os primeiros 10.

Reino-Unido, Grécia, EUA, Irlanda, Argentina, Espanha, Turquia, Dubai*, Japão, , lideram neste momento este ranking.
O Reino-unido comanda distanciadamente este ranking, pois congrega várias condicionantes que empurram aceleradamente este país para um estado de bancarrota. A Libra tem vindo a deslizar face ao Euro, prevendo-se que atinja muito em breve a paridade 1 Libra = 1 Euro, ou até mesmo uma cotação inferior ao Euro. Soluções possíveis, prováveis?: Fim da Libra, adesão ao Euro, intervenção indirecta do BCE, a curto prazo, se não for antes o FMI.

A Grécia, está neste momento confrontada com uma divida externa que já supera o valor anual do PIB, e prevê-se que fechará 2009 com um défice do orçamento de estado próximo dos 15% (!!??), de resto valor muito idêntico ao do Reino-Unido. Solução possível, provável; Saída do EURO, ou intervenção indirecta do BCE, no curto prazo.

Os EUA, continuam a usufruir da Dolarização da economia mundial, especialmente das reservas dos BRICs ( Brasil, Rússia, Índia & China )estarem tituladas em USD., veremos por quanto tempo maís - A índia adquiriu recentemente 200 toneladas de ouro, tendo-nos finalmente ultrapassado e relegado agora para a 13ª posição mundial em reservas de ouro ( 7º em 1973 ), com as nossas 382,5 Ton, ( a nossa vizinha Espanha tem menos 100 Ton.).**

No entanto a velocidade de endividamento do estado norte americano e o actual recurso ( único ) á emissão de moeda, empurrará o dólar muito em breve para uma cotação inferior a 2 USD = 1 Euro. ( O que será das exportações Europeias ?? ) Soluções possíveis; Forte redução das despesas do estado nomeadamente as despesas militares.

Sem a disciplina imposta pelo pacto de estabilidade que está na base do Euro, Portugal seria hoje um país falido, sem qualquer credibilidade nos mercados internacionais e portanto sem crédito. Com despesas sociais a absorverem anualmente 80% das despesas correntes do orçamento de estado, tentem agora imaginar em que situação económica e social nos encontraríamos?

*Dubai:http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=398165

** As nossas reservas de ouro, não chegam hoje para assumir mais do que 5% da nossa divida externa ( em 1973 , não havia divida externa de monta, excepto o plano de financiamento da Ponte sobre o Tejo ).



segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uniões entre pessoas do mesmo sexo.


O MMS, não assume uma posição em assuntos de consciencia pessoal, deixando aos seus militantes, total liberdade para exprimirem a sua opinião, e posição sobre estes assuntos.

É nesse sentido que venho hoje aqui exprimir a minha posição, sobre as uniões entre pessoas do mesmo sexo, reconhecidas de forma legal.

Parece-me que a palavra "Casamento", é de origem religiosa e segundo os entendidos na matéria, sub-entende a procriação, logo a sobrevivencia da raça humana, e o que importa a semãntica?

Acontece porem, que desde sempre existem homens e mulheres cuja natureza sexual, ou a forma de se exprimirem e afirmarem sexualmente não coincide com o sexo com que nasceram.

Até aqui é "la palisse"...
Há no entanto quem defenda a natureza humana, como definidora dos "hábitos, Leis e Costumes", e há quem defenda que as leis devem ter em conta algumas opções contra natura. Daqui como sabemos partem uma miriade de argumentos uns mais simples outros mais complicados, que ora defendem ora atacam a possibilidade do estado, reconhecer nas uniões de pessoas do mesmo sexo, a mesma validade atribuida ao casamento, para efeitos puramente legais.

Pela experiencia que tenho de vida os casos mais graves que conheci e que evidenciam uma profunda injustiça e desigualdade de tratamento do estado face ás pessoas que entendem viver segundo a sua própria natureza, dá-se quando um dos membros do casal falece.
Invariavelmente o outro membro do casal fica não raras vezes patrimonialmente depauperado, porque perante a lei vigente o principal herdeiro do conjugue falecido, não é o conjugue sobrevivo, mas sim os pais, irmaos e/ou sobrinhos.

Só por si, esta situação seria suficiente para que nós portugueses, europeus, que comunhamos de uma das civilizações mais avançadas do Mundo, tivéssemos a humildade de saber olhar em redor e perceber que ainda somos dos poucos paises ( senão o unico ) a discutir se os casais constituidos por pessoas do mesmo sexo - que não partilhando a natureza ou as opções da esmagadora maioria dos comuns mortais - devem ou não ver os seus direitos reconhecidos perante a lei, enquanto casais, que fazem a sua vida em comum, partilham as suas responsabilidades, pagam os seus impostos, ganham e gastam o seu dinheiro e têem a sua familia como todos nós.

A palavra "vergonha" é não raras vezes pronunciada por aqueles que vêem nas uniões homossexuais, uniões "contra natura", porem desde tempos imemoriáveis,  sempre existiram pessoas, cuja natureza sexual não coincidia com o sexo com que nasceram.
Já deixámos de os poder mandar para a fogueira, já conseguimos evoluir o suficiente - especialmente nos ultimos 20 anos - para os olhar como pessoas normais. Por quanto tempo mais iremos continuar ostracizá-los(as) desta forma ? Eu sinto vergonha, por ainda não termos resolvido esta questão.

Afinal pergunto, não somos todos pessoas, não somos todos filhos de alguem? Não temos todos, irmãos, irmãs, tios, tias, avôs e avós, sobrinhos e sobrinhas? Não são tambem eles e elas  os médicos e as médicas que nos curam, os enfermeiros/as que nos tratam, os bombeiros/as que nos acodem, os policias que nos protegem, os Juizes que nos julgam, os advogados que nos defendem, os engenheiros e os arquitectos que projectam ? Que sentido faz perpetuar mais esta descriminição? Nenhum.

Eu sou heterosexual e vivo em união de facto. Ainda assim tenho mais direitos que qualquer homossexual neste país. Os deveres contudo são os mesmos.

2009.12.10 - Austria Legaliza "casamento gay"
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u664667.shtml

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eficiência Energética - Energias Renováveis & Saida da Crise..


Recentemente todos se lembram do empresário Luso Americano, Patrick Monteiro de Barros, querer construir uma nova Refinaria de Gasolina, cujas emissões de co2 para a atmosfera obrigariam em consequência á construção de uma central nuclear em Portugal. Desta forma este empresário pensava poder assim compensar o excesso de poluição produzida pela refinaria com a poupança de poluição nomeadamente na utilização de combustíveis fosseis como o carvão ou o fuelóleo ( derivado do petróleo ) que daí resultaria. Esta necessidade decorre do Protocolo de Quioto que Portugal assinou, com os restantes países europeus, e que nos obriga a cumprir quotas de poluição ou de outra forma adquiri-las a terceiros que delas não precisem.



Efectivamente e pese embora a ideia fosse economicamente viável, e gerasse milhões de euros de impostos, e PIB, os nossos responsáveis políticos rejeitaram-na alegando que a construção de uma nova refinaria cujo único cliente seriam os EUA, era mais uma forma destes exportarem uma industria altamente poluente para fora do seu país, por outro lado a construção de uma Central Nuclear, alem de toda a polémica adjacente, iria permitir quando construída e a funcionar ( prazo médio = 10 anos ), sustentar pouco mais de 10%/15% do consumo esperado de energia eléctrica no país.



Como actualmente existem politicas totalmente divergentes quanto á energia nuclear, em vários países do mundo, os nossos políticos optaram por não recorrer ainda a este tipo de energia. Recordo para os devido efeitos que enquanto a França ( segundo maior produtor mundial de energia nuclear ), exporta energia eléctrica, e tem o preço mais baixo do mundo para a energia eléctrica, os nossos vizinhos espanhóis, já têem a funcionar um plano para acabar de vez com a energia nuclear, pelo que á medida que os reactores vão atingindo a sua vida útil, vão sendo desactivados e não substituídos. Um dos principais problemas da energia nuclear, continuam a ser os resíduos, ou o seu tratamento & armazenamento, uma vez que se mantêm radioactivos por algumas centenas senão mesmo milhares de anos. Apesar das recentes evoluções na construção e estrutura de funcionamento dos reactores nucleares, crê-se que perante um estado de guerra ou acidente natural grave ainda exista um perigo real de emissão de partículas radioactivas para a atmosfera, caso o reactor seja afectado. Há quem garanta que não, mas senão existe o risco existe pelo menos o medo.



Como todos já sabemos a principal fonte de energia eléctrica, o petróleo, terá tendência a acabar, pese embora se tenham vindo a encontrar novos poços e novas reservas estas estão cada vez mais no mar, e a elevadas profundidades, pelo que o seu custo de extracção é gradualmente mais elevado. Prevê-se portanto com algum grau de certeza que o petróleo não irá durar para sempre. É essa a razão porque cada vez mais se investe na energias renováveis, nomeadamente, Solar e Eólica.



Acontece porem que para que as energias renováveis venham efectivamente a ocupar o seu lugar no computo das energias disponíveis e aproveitáveis, teremos todos que investir numa reeducação dos nossos hábitos de vida e consumo, no sentido de começarmos por aumentar a EFICIÊNCIA ENERGÉTICA do nosso estilo de vida. É daqui que se esperam 50% dos ganhos na racionalização futura da utilização da energia no mundo e não somente na alteração das fontes de energia.
Ao contrário do que pode parecer á partida, isto não é um processo fácil, nem rápido, antes pelo contrário. Acontece que as alterações climáticas e respectivas consequências práticas, estão a evoluir a um ritmo muito mais rápido do que a nossa mentalização pessoal para uma rápida alteração de hábitos no sentido de uma maior eficiência Energética.



Um dos principais problemas que se coloca ao cidadão comum, é que a maioria está enredada num ciclo de pobreza, e desta forma está impedida de fazer melhorias nas suas habitações, ou preocupar-se sequer, com este tipo de assuntos, pois uma boa parte do seu rendimento destina-se á sua sobrevivência e outra parte ao pagamento do consumo de energia, sendo que boa parte dela é desperdiçada!?



Só quebrando este ciclo de pobreza, com intervenções pontuais devidamente planeadas ao nível das micro - comunidades que são os condomínios urbanos, e as comunidades rurais, se pode evitar que qualquer medida tomada neste âmbito peque, por tardia, com todas as graves consequências que daí advirão para o fenómeno do aquecimento global.





O aumento da eficiência energética não passa só pelo apoio á instalação de equipamento de energia solar térmica, foto voltaica, ou mini e micro - geradores eólicos, caros e de eficiência ainda duvidosa, passa em primeiro lugar pelo aumento da eficiência do isolamento de janelas e portas, na alteração das tomadas de energia eléctrica que deveriam passar a integrar todas sem excepção um interruptor próprio, para que os aparelhos nelas ligados pudessem ser desligados através de um mero interruptor, em vez de ficarem em stand - by horas e dias,( Ex. Carregadores de Telemóvel, Televisões, TV Boxs, DVD-Videos, PC´s..) entre outras pequenas / grandes alterações, que estou certo os especialistas da área poderão enumerar, a custos baixos para o utilizador, e com resultados rápidos e efectivos. A recente campanha de troca de lâmpadas foi um desse exemplos.


Se o nosso actual governo, decidisse investir os milhares de milhões euros que pretende usar em auto-estradas, TGV e aeroporto , em R&D e fábricas de energias renováveis (Solar, Éolica e ondas), em 2 ou 3 anos, Portugal poderia ser o maior exportador mundial deste tipo de geradores / tecnologia (sendo que na das ondas é pioneiro com dois projectos a nível mundial), criava milhares de postos de trabalho, eliminava a dependência energética do exterior, a permanente exportação de divisas para pagar o crude que importa, melhorava substancialmente o ambiente, reduzia a pobreza, corrigia a balança de pagamentos e saía da crise mais depressa que todos os outros países.


Se nada fizermos. Nada Acontece.
O exemplo é o principio de tudo.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

TGV ( Train Grand Vitesse )

Todas as grandes obras públicas, são hoje planeadas e financiadas tendo por base complexos projectos financeiros, que na prática permitem ao Estado, concluir obras de elevada dimensão, sem que para isso tenha que recorrer de imediato ao aumento da dívida pública.
Como? Recorrendo ao investimento privado de longo prazo.

Estes projectos financeiros, são normalmente apoiados por sindicatos
bancários ( grupos de bancos unidos em torno de um só projecto ), que
financiam as grandes empresas construtoras, que por sua vez procedem à construção e tomam a responsabilidade da concessão, através de
empresas satélites integradas em grupos económicos subsidiários destas construtoras, que são conhecidas por concessionárias, cujos exemplos mais conhecidos são a Brisa e a Lusoponte.

Acontece porem que em Portugal só há actualmente 4 bancos com dimensão para financiar grandes projectos de infra-estruturas, e qualquer um deles está neste momento sobre exposto às actuais concessões já a
funcionar.
Daqui resulta que para financiar as grandes obras públicas que se avizinham, necessariamente teremos que recorrer a capital e bancos estrangeiros, sabendo que uma boa parte dos custos, são custos financeiros decorrentes do alargado prazo de financiamento, facilmente se conclui que através do pagamento dos respectivos juros estamos literalmente a exportar o rendimento da população activa actual e concomitantemente o das gerações futuras para os países sede desse grandes bancos internacionais.

Se considerarmos que existe um limite de tráfego quer humano quer de mercadorias, e que este se distribui actualmente pelo transporte rodoviário ( viatura própria ), transporte ferroviário normal (tipo Alfa-Pendular) e transporte aéreo ( algumas companhias de baixo- preço, vendem frequentemente passagens aéreas Lisboa-Madrid por menos de 50€ ), percebemos que o tráfego que sobra para o TGV é diminuto.

Temos ainda a questão estrutural que decorre do facto de Portugal ter um ordenado mínimo de 450€, quando em França é de 1,000€ líquidos e em
Espanha ronda os 650€, facilmente se conclui que o número de pessoas
com poder de compra para viajar no TGV, em Portugal, pode não ser o
mínimo necessário. Estaremos a construir o TGV para os turistas estrangeiros?

Com a construção de uma linha de TGV Lisboa-Madrid, a capital espanhola fica a 2 horas de Lisboa, logo podemos ir a Madrid apanhar um avião para qualquer cidade do mundo, justifica-se assim a construção de um Aeroporto da dimensão do que está planeado?

A construção de uma Linha de mercadorias, Sines-Madrid de Alta Velocidade não se justifica face ao custo de operacionalidade da mesma. Uma nova linha tipo alfa pendular, seria mais do que suficiente para transportar mercadorias, que por sinal no nosso país está na era pré-histórica, gerida pela CP.

Os TGV são fabricados na França, Alemanha, Coreia do Sul & Japão, as
linhas provavelmente serão importadas da Índia ou da China, que são os
países mais competitivos neste tipo de material, as Catenárias virão da França ou da Alemanha.

Os comboios da linha Alfa Pendular podem ser construídos em Portugal.

Há ainda a possibilidade de financiar este tipo de projectos recorrendo a recursos financeiros nacionais, nomeadamente; Fundos de Pensões nacionais, que teriam aqui uma oportunidade de aplicação de fundos ficando assim menos expostos aos turbulentos mercados internacionais, Segurança Social incluída, e pela aplicação das poupanças de empresas e particulares, em Fundos de Investimento exclusivamente, criados para o efeito.

Desta forma anularíamos a exportação de recursos financeiros que fazemos através do pagamento do capital emprestado e respectivos juros, que decorre do recurso a capital estrangeiro ( logo a dívida externa ), ajudando a melhorar as nossas classificações internacionais de risco.

Parecem só vantagens? No entanto é possível. Basta querer.

Se nada fizermos. Nada Acontece. O Exemplo é o princípio de tudo.

( este texto foi escrito com a colaboração de um especialista na área de grandes obras públicas internacionais, e a ideia de financiamento foi avançada por um pequeno empresário nacional, com larga experiência
internacional )

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Mais um dia de campanha

Festa dos chocalhos (Alpedrinha)





Mais umas em Idanha-a-Nova











domingo, 20 de setembro de 2009

Assim levamos a mensagem do MMS

Senhora da Azenha


Foi um dia de luta, mas levamos a mensagem e transmitimos o que é o MMS.
Até mesmo a quem não sabe ler!


Feira Raiana (Idanha-a-Nova)




Obra de arte roubada....

Entre o dia 16 e o dia 17 desapareceu esta obra de arte:

Esfumou-se no ar como por magia, deixando apenas os buracos no chão onde estavam as barras de apoio.
Mais um roubo de obras de arte no nosso país, mais um que ficará provavelmente sem solução e o outdoor ficará fechado em parte incerta numa colecção privada de arte. Talvez na Conchichina...
Mas estranho é quando olhamos para a fotografia o cartaz da esquerda foi mudado na mesma noite do desaparecimento? Coincidências? Talvez... O certo é que nenhum outro desapareceu...
Possivelmente pela falta de originalidade e conteúdo, desprovidos de qualquer valor ou interesse.
Citando William Shakespeare:
"Algo está podre no Reino da Dinamarca"

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Incomodámos o 4º poder.

A colocação de uma providencia cautelar a pedido do MMS, com o propósito de suspender o próximo acto eleitoral no dia 27 de Setembro, teve como base e fundamento, não só um tratamento desigual dado aos partidos sem assento, mas um total “apagão” de noticias sobre a actividade destes.

Resultado imediato desta providencia cautelar, foi que tivemos direito a um lugar de destaque nos noticiários da SIC Noticias, artigos nos principais matutinos, e cumulo do espanto, os telejornais diários passaram a incluir alguns minutos dedicados aos partidos sem assento parlamentar.

É obvio que também fomos brindados com alguns artigos, porreiros escritos por jornalistas que não conseguiram, manter a sua tendência partidária aparte da sua profissão, situação aliás perfeitamente normal e a que já nos habituámos, afinal os jornalistas, também são pessoas, com direito de opinião.

Congratulamo-nos por termos tido a coragem de interpor uma providencia cautelar, original e inédita, e desta forma termos acordado da letargia, alguns responsáveis dos media, e não só.

Se nada fizermos. Nada Acontece.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

São as grandes obras publicas uma boa opção?‏

Muito se tem sido discutido sobre se as grandes obras publicas “lançadas” por este governo são efectivamente uma boa opção estratégica para o país?

São elas;

- Novo Aeroporto Internacional (NAI) - 5,000 Milhões de Euros
- 3 Linhas de Trens de Grande Velocidade (TGV) 3,000 Milhões de Euros,
- Nova Ponte Chelas - Barreiro (NP) - 1,500 Milhões de Euros
- Novas Auto-Estradas (NAE´s) - 500 Milhões de Euros.

Há duas fortes motivações para o principal responsável pela condução política do nosso país, o primeiro-ministro, seja ele qual for, homem, mulher, PS ou PSD, nos querer levar a acreditar que as grandes obras publicas não são só boas opções, como são vitais para o nosso crescimento económico.

A primeira das duas é pensar que perante a actual crise económica (primeira crise sistémica global), se pode contrapor com a aplicação das teorias de Keynes, que defendia que quando o sector privado não gera procura e investimento deve ser o estado a fazê-lo de forma a motivar o crescimento económico. Isto resultou há 80 anos, nos EUA, que eram uma economia fechada e não globalizada. Hoje, a aplicação destas teorias, leva a que o dinheiro investido / aplicado pelo estado vá parar nas mãos de estrangeiros, sendo o contributo para o crescimento da economia nacional meramente marginal, mas o custo do mesmo será integralmente suportado pelas gerações futuras.

A segunda motivação (mais premente), é a de que as grandes obras públicas alimentam as grandes construtoras (que podem ou não ser nacionais) e os bancos (que urgem ter aplicação para o capital que dispõem), e estes retribuem de igual forma aos dois principais partidos do sistema político nacional, nomeando os responsáveis de topo para elevados cargos nas suas administrações. Alimentando assim a conhecida promiscuidade democrática.

Estas são as duas grandes e únicas motivações para a insistência nas grandes obras públicas.

Enquanto isso, a desestruturação do estado, a criação consecutiva e gradual de novas instituições públicas para abrigarem os “boys” e as “girls” do regime, a manutenção da maioria dos funcionários públicos sob um regime de ameaça de “dispensa” ou mesmo “despedimento”, através de sábias políticas de “redução de pessoal” que de eficientes só têm o nome, mantêm o estado refém desta, Tríade.

Entretanto pelo nosso mar continuam a passar navios, carregadinhos de armamento, perdão madeira exótica, e a Marinha nem os “vê” passar… porque os nossos marinheiros são incompetentes? Errado. Porque não têm os meios necessários para controlar a nossa ZEE.

Se nada fizermos. Nada acontece.
Ou por outra…
Continuará a acontecer o que sempre aconteceu.
Cada vez menos, ricos mais ricos, e mais pobres, ainda mais pobres. (passo a redundância)

Texto de:
Carlos Miguel Sousa